Dois problemas sérios emergem quando se trata de saúde mental de trabalhadores: o burnout e o assédio. Mas o que pouca gente sabe é que ambos guardam uma relação de causa e consequência com os chamados “riscos psicossociais”. Para entender o que são os riscos psicossociais, imagine um ambiente de trabalho onde as pessoas estão sempre sob pressão, contam com pouca ajuda dos colegas ou supervisores e sentem que não têm controle sobre suas tarefas. Essas situações configuram exemplos de riscos psicossociais e afetam as emoções. Os riscos psicossociais estão relacionados à forma como o trabalho está organizado em aspectos e circunstâncias que interagem com a nossa versão subjetiva – isto é, psicológica, e também social. Em outras palavras, isso significa dizer quem somos na vida e no mundo fora do trabalho. Quando constantes, os riscos psicossociais podem levar ao quadro de saúde ocupacional identificado como burnout, um estado de exaustão física e mental. As pessoas com burnout sentem-se cansadas o tempo todo, desiludidas com o trabalho e duvidam da própria capacidade. É como se a energia para enfrentar o dia a dia no emprego simplesmente desaparecesse.
Continua após a publicidade
Em locais onde o burnout é comum, as relações entre as pessoas podem se deteriorar. Nesse ambiente tenso, o assédio – seja moral, organizacional, sexual ou de qualquer outro tipo –, pode surgir. Mas são os riscos psicossociais a raiz do problema. O assédio é um sintoma claro de que as coisas não estão bem no trabalho, refletindo o desgaste nas relações e a falta de respeito mútuo. +Leia também: Causas de transtornos psiquiátricos na vida profissional Os riscos psicossociais são responsáveis pela instalação de um ciclo negativo: quanto mais presentes, maior o risco de as pessoas se sentirem esgotadas e de ocorrerem comportamentos inadequados, como o assédio. Em minha jornada, já ouvi inúmeras vezes de pessoas diagnosticadas com burnout a confissão de que, sim, elas assediaram muitas pessoas na tentativa de dar conta das demandas sem o suporte e os recursos necessários. É como uma bola de neve, onde uma coisa leva à outra, piorando o ambiente de trabalho. A solução está, em primeiro lugar, na restauração do coletivo de trabalho, na confiança mútua, no coleguismo. Isso envolve, na prática, garantir que os trabalhadores tenham apoio, recursos adequados e, acima de tudo, reconhecimento.
Continua após a publicidade
Aquela pessoa bem humorada, que lembra do aniversário de todos e que está sempre pronta para ajudar (mesmo em detrimento de suas próprias tarefas) precisa ser valorizada e entendida como alguém essencial no ambiente de trabalho. A cultura da super produtividade tende a dar pouco espaço para essas pessoas – e o resultado é um ambiente competitivo, mas pouco solidário. É importante reduzir os fatores de risco psicossociais oferecendo, sempre que possível, mais autonomia nas tarefas, flexibilidade de horários, jornadas que permitam mais descanso e treinamento e suporte adequado, apenas para citar alguns poucos exemplos. Assim diminuímos a exposição. BUSCA DE MEDICAMENTOS
DISTRIBUÍDO POR
Consulte remédios com os melhores preços
DISTRIBUÍDO POR
× O conteúdo apresentado no resultado da pesquisa realizada (i) não representa ou se equipara a uma orientação/prescrição por um profissional da saúde e (ii) não substitui uma orientação e prescrição médica, tampouco serve como prescrição de tratamento a exemplo do que consta no site da Farmaindex: “TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE SITE TÊM A INTENÇÃO DE INFORMAR E EDUCAR, NÃO PRETENDENDO, DE FORMA ALGUMA, SUBSTITUIR AS ORIENTAÇÕES DE UM PROFISSIONAL MÉDICO OU SERVIR COMO RECOMENDAÇÃO PARA QUALQUER TIPO DE TRATAMENTO. DECISÕES RELACIONADAS AO TRATAMENTO DE PACIENTES DEVEM SER TOMADAS POR PROFISSIONAIS AUTORIZADOS, CONSIDERANDO AS CARACTERÍSTICAS PARTICULARES DE CADA PESSOA” • O conteúdo disponibilizado é meramente informativo, tendo sido obtido em banco de dados fornecido exclusivamente pela Farmaindex, sendo de única responsabilidade daquela empresa; • Isenção de qualquer garantia de resultado a respeito do conteúdo pesquisado; • Informativo de que caberá ao usuário utilizar seu próprio discernimento para a utilização responsável da informação obtida.
Continua após a publicidade
No entanto, entender como os riscos psicossociais surgem e, a partir daí, influenciam o aparecimento de casos de burnout e assédio é o primeiro passo para criar um local de trabalho saudável e positivo. Uma cultura de respeito e colaboração é o que verdadeiramente protege as pessoas. É a estrutura que permite a nossa imunidade contra a exposição aos riscos psicossociais. Nesse sentido, o maior segredo a compartilhar com vocês é de que a saúde mental de trabalhadores será uma utopia enquanto um ambiente de solidariedade e respeito entre os pares não voltar a existir.
Continua após a publicidade
*Luciana Veloso Baruki é auditora pioneira em fiscalizações de assédio no Ministério do Trabalho, advogada, médica pós-graduanda em Saúde Mental e Psiquiatria, administradora de empresas e fundadora do perfil @assedionet nas redes sociais
Publicidade
O Conteúdo Sem estímulo ao coleguismo, a saúde mental de trabalhadores é uma utopia Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital A L-carnitina é um nutriente naturalmente produzido pelo corpo a partir dos aminoácidos lisina e metionina, encontrados em alimentos de origem animal, como carne vermelha, peixes e laticínios. Hoje, ela também é consumida na forma de suplemento por quem busca emagrecer. Mas até onde isso faz sentido? Em nível fundamental, a L-carnitina realmente desempenha um papel importante no metabolismo energético, principalmente no transporte de ácidos graxos de cadeia longa para as mitocôndrias, onde são oxidados para gerar energia. Isso é especialmente importante durante exercícios físicos, quando o corpo precisa de uma fonte de energia rápida e eficiente. E, embora na maioria dos casos o corpo humano seja capaz de sintetizá-la por conta própria, a suplementação pode ser útil em certas circunstâncias – como em dietas vegetarianas ou em pessoas com condições médicas que afetam a absorção ou a síntese desse nutriente. +Leia também: Brasileiros preferem suplementar a melhorar hábitos à mesa Quais os benefícios da L-carnitina?Os benefícios potenciais da L-carnitina incluem melhorias no metabolismo de gorduras, o que pode aumentar a resistência e promover a queima de gordura durante o exercício físico. Ainda, a suplementação com L-carnitina pode ajudar a reduzir a fadiga muscular, melhorar o desempenho físico e facilitar a recuperação após exercícios intensos. Consumida sem adequações no estilo de vida, na dieta e na prática de exercícios, a L-carnitina sozinha não vai promover o emagrecimento. Mas, caso faça parte da adoção de hábitos mais saudáveis, ela pode dar um impulso extra para o organismo metabolizar gorduras. Ainda assim, mais estudos são necessários para determinar o tamanho desse impacto.
Continua após a publicidade
Em termos de saúde cardiovascular, a L-carnitina está associada à redução dos níveis de triglicerídeos e colesterol, além de melhorar a função cardíaca. Alguns estudos também sugerem que ela pode ter efeitos neuroprotetores, contribuindo para a saúde cerebral e o funcionamento cognitivo. Os impactos do uso a longo prazo, porém, ainda são pouco estudados, e as pesquisas atestando vantagens geralmente consideram a utilização por períodos limitados. Também é importante notar que os benefícios da L-carnitina podem variar de pessoa para pessoa, e a suplementação pode não ser necessária para todos, especialmente para aqueles que já têm uma dieta equilibrada. +Leia também: ABC dos suplementos esportivos: quais existem e quais devo usar no treino? Como tomar a L-carnitina?Em relação à dosagem e forma de tomar, a dose recomendada de L-carnitina pode variar dependendo do objetivo e do tipo de suplemento utilizado. Geralmente, as doses variam de 500 mg a 2 g por dia.
Continua após a publicidade
É importante seguir as instruções do fabricante do suplemento e consultar um profissional de saúde para determinar a dose adequada para você. A L-carnitina está disponível em diferentes formas, incluindo cápsulas, comprimidos, líquidos e pós. Ela pode ser tomada antes do exercício físico para aumentar a utilização de gordura como fonte de energia ou após o exercício para auxiliar na recuperação muscular.
Publicidade
O Conteúdo L-carnitina: quais são seus principais benefícios e como tomá-la Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital Como os humanos, os felinos também têm acne. Neles, os cravos, que podem encravar e gerar pus, são os mais comuns. Surgem ao redor da boca e no queixo com pequenos pontinhos pretos que parecem uma sujeirinha. Mas cuidado: acne felina requer tratamento para não causar infecções e inflamações. Quando provoca sintomas além dos estéticos, a acne felina causa coceira e pode provocar dor nos gatos. Ela é causada pelo entupimento dos poros devido ao acúmulo de sebo na pele. O sebo é uma proteção natural da pele, que evita a perda de água e o ressecamento. Quando em excesso, porém, pode gerar os cravos. Se não tratada, a acne pode levar à perda de pelos na região e agravar com a formação de pústulas e o aparecimento da dor. Quais são as causas da acne felinaAlguns gatinhos podem ter predisposição genética para a acne, o que requer atenção constante. O estresse, dieta inadequada e falta de higiene também podem causar a encrenca.
Continua após a publicidade
+Leia também: Como adaptar a casa para a chegada de um novo gato? Os veterinários alertam que comedouros de plásticos são contra-indicados porque facilitam o acúmulo de bactérias e são mais difíceis de limpar. O ideal são os potinhos de porcelana ou inox para água e ração. Lave-os com frequência. Tratamento para a acne felinaComo os pontinhos ficam entre os pelos, os tutores podem ter dificuldade de identificar a acne. O tratamento é feito com higiene no local (passando suavemente um algodão ou gaze com água morna), pomadas tópicas e, às vezes, troca de ração. Caso perceba que os pontinhos estão inflamando ou causando dor, leve seu gatinho ao veterinário imediatamente.
Continua após a publicidade
Dependendo da gravidade, pode ser indicado antibióticos para controle da infecção secundária. A acne pode gerar a foliculite e furunculose, quando o quadro se agrava. A higiene requer escovação constante dos pelos para que o excesso de sebo não cause a obstrução dos poros. Em gatos mais peludos, essa escovação deve ser diária. A escovação de dentes também é indicada para evitar que a proliferação de microrganismos não deixe os gatinhos em paz.
Publicidade
O Conteúdo Acne felina: o que é e como tratar Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital Após quase três décadas sem novidades no tratamento da esclerose lateral amiotrófca (ELA), chega ao Brasil a edaravona, medicamento capaz de retardar o avanço dessa doença rara e incurável. A ELA é caracterizada pela degeneração das células nervosas que controlam os músculos, provocando fraqueza e paralisia progressiva dos membros, além de dificuldades para deglutir e respirar, que podem levar os pacientes a óbito. A nova droga não cura a condição, mas protege os neurônios a ponto de conter a evolução da doença. O tratamento é realizado com infusões periódicas que podem diminuir em 33% a progressão do quadro, segundo mostram estudos clínicos com o medicamento. A farmacêutica japonesa Daiichi Sankyo é a responsável pela comercialização do fármaco, já usado nos EUA, Europa e Ásia. + Leia também: Entrevista: esperança renovada contra a esclerose lateral amiotrófica Como funciona o medicamentoEle combate moléculas nocivas aos neurônios Partículas instáveis Acredita-se que a ELA esteja relacionada ao acúmulo de radicais livres, que provocam danos neuronais. Pé no freio A edaravona age como um antioxidante, prevenindo prejuízos ao sistema nervoso. Multiúso Além de tratar ELA, a droga desacelera o declínio funcional de pacientes que sofreram AVC. + Leia também: A vida com ELA (esclerose lateral amiotrófica) Desafios do diagnóstico ao tratamentoA qualidade de vida dos pacientes depende de equipamentos e assistência treinada Detecção tardia Os sintomas da ELA podem ser confundidos com os de outras doenças. Além disso, nem todo médico está familiarizado com a condição. Atenção integral O tratamento deve ser realizado por uma equipe multiprofissional, incluindo neurologistas, pneumologistas, fisioterapeutas e fonoaudiólogos. Fonte misteriosa Cerca de 90% dos casos não têm causa conhecida; 10% são genéticos. A falta de alvos dificulta o desenvolvimento de novos medicamentos. Estigmas A maioria das pessoas com ELA tem seu intelecto preservado e não deve ser subestimada. O físico Stephen Hawking foi um grande exemplo disso.
Publicidade
O Conteúdo Esperança contra doença degenerativa: novo medicamento para ELA Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital Há poucos meses, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou o primeiro guia de tratamento não cirúrgico para a dor lombar crônica, reunindo as recomendações dos mais importantes guias internacionais de manejo dessa condição que, atualmente, causa um grande impacto na produtividade e na qualidade de vida da população adulta. A dor lombar (ou lombalgia) é a dor localizada na região entre as últimas costelas e a prega glútea, sendo a condição musculoesquelética mais prevalente no mundo. E ela é considerada crônica quando dura mais de três meses. Em mais de 80% dos casos, a causa é mecânica, ou seja, por questões de postura e sobrecarga – ou a combinação desses fatores. Menos de 10% dos episódios decorrerm de problemas mais graves e progressivos, como infecções, tumores, fraturas e doenças articulares inflamatórias (espondiloartrites). O manejo da dor lombar crônica comum é fundamentalmente conservador, ou seja, por meio de medicações e intervenções que não envolvem cirurgia. É nesse contexto que a OMS divulgou aquele guia de tratamentos não cirúrgicos, diferenciando o que funciona, o que não funciona e o que ainda está em estudos. Esse manual foi elaborado levando em consideração os seguintes princípios:
Continua após a publicidade
+Leia também: Queixas de dor nas costas aumentaram no mundo, revela estudo Após a avaliação dos estudos publicados na última década, a recomendação para que os tratamentos que funcionam contra a dor lombar são:
Por outro lado, a publicação da OMS aponta que os tratamentos que não funcionam para tratar dor lombar crônica são:
Foram também listados os tratamentos que ainda são objetos de estudos. Dentre esses, são citados:
Continua após a publicidade
O melhor tratamento, contudo, começa com uma avaliação médica criteriosa e um diagnóstico adequado, o que favorece um plano de tratamento. Sendo a coluna vertebral um segmento fundamental para o esqueleto, várias especialidades médicas estão envolvidas na sua abordagem, como reumatologia, ortopedia, fisiatria, neurologia e neurocirurgia. E, para um tratamento multidisciplinar, outros profissionais da saúde estão envolvidos como fisioterapeutas, psicólogos, educadores físicos e nutricionistas. *Fabio Jennings é coordenador da Comissão de Mídias da Sociedade Paulista de Reumatologia e dos ambulatórios de Coluna Vertebral e Reabilitação da Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Publicidade
O Conteúdo Recomendações da OMS para o tratamento não cirúrgico da dor lombar crônica Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital Nas indicações deste mês, uma revisão sobre o modus operandi da produção e do consumo humanos, das relações familiares e das instituições psiquiátricas. Uma política da loucura e outros textosAutor: François Tosquelles Primeiro livro a contemplar as reflexões do psiquiatra catalão no país, a coletânea coloca em cena um dos pais da psicoterapia institucional, que ajudou a derrubar os muros entre terapeutas e pacientes e entre centros para doentes mentais e a sociedade. Uma política da loucura
Continua após a publicidade
Como tudo pode desmoronarAutores: Pablo Servigne e Raphaël Stevens O ensaio que popularizou a “colapsologia”, o estudo das catástrofes, ganha tradução e oferece aos leitores brasileiros um panorama de como as complexas mudanças sociais, econômicas e ambientais exigem um novo olhar e compromisso com o mundo. Como tudo pode desmoronar
Continua após a publicidade
Atravessando o deserto emocionalAutora: Thais Basile Família é tudo nesta vida? Se sim, isso também significa que as feridas geradas em nosso círculo mais íntimo podem se prolongar e perpetuar entre gerações. É daí que parte a autora, que é psicanalista, para examinar as dinâmicas familiares e acolher as dores paridas desde a infância. Atravessando o deserto emocional
Continua após a publicidade
Publicidade
O Conteúdo Prescrições do editor: obras para repensar relações (públicas e privadas) Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital O consumo de alimentos ultraprocessados está associado a 32 problemas de saúde, segundo a maior revisão sistemática já feita sobre o tema. Uma equipe internacional de pesquisadores avaliou de mais de 40 meta-análises que relacionaram esses produtos a efeitos adversos à nossa sanidade — física e mental. Entre os achados, destaca-se um risco 50% maior para mortes por doenças cardiovasculares, até 53% a mais de desenvolver transtornos mentais (como ansiedade) e 12% de desenvolver diabetes tipo 2. Problemas pulmonares, câncer e morte precoce são outras condições ligada ao consumo de ultraprocessados. O artigo foi publicado em fevereiro na revista científica The BJM. A seguir, entenda melhor por que o consumo de ultraprocessados em excesso é um problema de saúde pública. + Leia também: Por que você deve evitar o consumo de alimentos ultraprocessados 1. Baixa qualidade nutricionalEste é o principal problema dos ultraprocessados. “Eles têm uma grande quantidade de açúcar, sódio, gorduras trans e saturadas, o que pode aumentar o risco de doenças crônicas”, resume Scheine Canhada, professora substitutiva da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
Continua após a publicidade
Os ultraprocessados são produtos alimentícios que tem uma grande presença de aditivos (emulsificantes, adoçantes, aromatizantes, corantes etc) e conservantes na sua composição, a fim de estender o prazo de validade e acentuar seu sabor, aroma ou cor. Em geral, não apresentam quantidades satisfatórias de proteínas, vitaminas e gorduras “boas”, que podem ser encontradas com alimentos como frutas, legumes, verduras, peixes e carnes. Logo, comer esses produtos em excesso pode acarretar deficiências nutricionais. + Leia também: Da teoria ao prato: como reverter empecilhos para uma alimentação saudável 2. Aumento do risco de síndrome metabólicaUm dos problemas de saúde associados ao consumo excessivo de ultraprocessados é a síndrome metabólica.
Continua após a publicidade
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a condição é confirmada diante do conjunto de ao menos três desses cinco diagnósticos:
Uma análise derivada do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa), que há 15 anos acompanha o estado físico de 15 mil brasileiros, observou que aqueles que consomem muitos ultraprocessados (mais de 550 gramas por dia), comparados com quem tem uma ingestão menor (abaixo de 234 gramas por dia), têm um risco 19% maior de síndrome metabólica. “Outros estudos do Elsa relacionaram o consumo de ultraprocessados ao ganho de peso e ao diabetes. Essas condições, por sua vez, nos predispõem a diversas doenças cardiovasculares, que são a maior causa de morte em todo o mundo”, explica Canhada, coautora da análise. Segundo a pesquisadora, os ultraprocessados contribuem para o desenvolvimento dessas enfermidades por serem ricos em gorduras e açúcar e pobres em nutrientes.
Continua após a publicidade
+ Leia também: Ultraprocessados seriam tão viciantes quanto o cigarro? 3. Uma tendência históricaO consumo de ultraprocessados têm se disseminado há muitas décadas, o que tem permitido aos cientistas observar os efeitos da ingestão a longo prazo. Em países desenvolvidos, o boom desse alimentos se deu no pós-Segunda Guerra Mundial. “Nos anos 1950, esses produtos já constituíam boa parte da dieta de populações de países ricos”, contextualiza Rafael Claro, nutricionista e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Era uma proposta de lidar com problemas na cadeia de produção e distribuição de alimentos de forma conveniente também ao modo de vida das grandes metrópoles.” Em países em desenvolvimento, como o Brasil, a aderência a esses produtos passou a ser mais frequente a partir da década de 1980, principalmente entre as classes mais altas. Hoje, os alimentos ultraprocessados podem ser encontrados no mantimento de qualquer casa — em especial nas periferias.
Continua após a publicidade
É o que aponta um estudo publicado em março por pesquisadoras da UFMG. Segundo o levantamento, pessoas de classes sociais mais baixas tendem a comer mais produtos ultraprocessados por serem baratos em comparação aos alimentos naturais e minimamente processados. A falta de informação sobre opções alimentares mais saudáveis também prejudica mudanças na dieta da maior parte da população. “São necessários programas e políticas públicas que incentivem a abertura de feiras de orgânicos e outros tipos de estabelecimentos que ofertam alimentos in natura e minimamente processados que adotem modelos de produção sustentáveis em áreas de favelas, a fim de reduzir as iniquidades de acesso aos alimentos saudáveis e sustentáveis nesse território”, concluem, no artigo, as autoras. + Leia também: Alimentos ultraprocessados elevam risco de doenças cardiovasculares 4. Prejuízos aparentemente distantesOs malefícios da adoção de uma dieta pobre em nutrientes — mas rica em açúcares, gorduras e aditivos que satisfazem rapidamente nosso paladar — podem não ser imediatos e nem comprometerem o bem-estar geral das pessoas de pronto. Mas, a longo prazo, a história é outra.
Continua após a publicidade
O ganho de peso costuma ser apenas a ponta de um iceberg de doenças crônicas não transmissíveis associadas ao consumo de ultraprocessados, como diabetes, hipertensão, colesterol alto e obesidade. Para combater essa tendência, é preciso pensar no futuro e refletir como mudar hábitos para que a população envelheça com saúde. “Elaborar políticas de acesso à alimentação saudável e digna é essencial para resolver problemas que vão desde a desnutrição até a alta incidência de doenças crônicas, que sobrecarregam os sistemas de saúde”, avalia Canhada. + Leia também: A dieta planeterrânea: menus que priorizam ingredientes e preferências regionais 5. Pouca regulamentaçãoPara ajudar na identificação de alimentos com adição de açúcar, sódio e gorduras saturadas,a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu um novo padrão de rótulo que sinaliza facilmente ao consumidor o que há de excesso nos alimentos. Isso facilita a tomada de decisão nos supermercados, ajudando a população a optar pela redução e substituição de ultraprocessados. Para maiores avanços, porém, outras iniciativas são necessárias. “É preciso que haja uma maior taxação desses produtos, e também há um longo trabalho de valorização dos nossos alimentos in natura“, sugere Claro. “Precisamos inclusive incluir essa pauta nas escolas, para que as novas gerações e suas famílias tenham maior acesso a informação e consciência sobre o tema.”
Publicidade
O Conteúdo 5 pontos para entender a relação entre ultraprocessados e doenças crônicas Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital Da família da herpes, o citomegalovírus é muito prevalente na população, mas a maioria das pessoas só descobre que teve a infecção por meio de um exame. Os sintomas da citomegalovirose são inexistentes ou muito discretos e inespecíficos, como uma febre baixa e um mal-estar. Mas sua presença no organismo passa a ser relevante durante a gestação. O CMV, como é também conhecido, pode afetar os fetos, causando danos neurológicos, visuais e auditivos. Por isso, um dos exames obrigatórios é o sorológico para detectar o citomegalovírus IgG (imunoglobulina G) e IgM (imunoglobulina M). +Leia também: Guia do pré-natal: entenda sua importância e como ele deve ser feito O que significa citomegalovírus IgG e IgMO citomegalovírus IgG positivo indica que a pessoa teve contato com o vírus e tem anticorpos contra a doença. Para as grávidas, este resultado é um alívio porque pode reduzir as chances de desenvolver a infecção durante a gestação. Mas é preciso também testar o IgM, que detecta se a infecção está ativa naquele momento. Quando ambos estão positivos e reagentes, tanto o IgM e IgG, deve ser realizado um teste de avidez.
Continua após a publicidade
Caso o teste seja inferior a 30%, há maior risco de infecção do bebê durante a gravidez. Neste caso, médico e paciente devem tomar as precauções para evitar a transmissão para o feto. Mas, segundo o Ministério da Saúde, um resultado negativo para IgM nem sempre descarta uma infecção aguda por CMV, pois o quadro pode estar no seu estágio inicial. Neste caso, pode haver a recomendação de antivirais para reduzir a carga do CVM no organismo e acompanhamento frequente por meio de exames de imagens. Quando contaminada, a criança pode desenvolver problemas psicomotores, auditivos e visuais. Após o parto, o bebê deve seguir sendo acompanhado para verificar a transmissão. Causas e sintomas mais graves do citomegalovírusO CVM costuma ser transmitido por secreções vaginais, sêmen e fezes. Em geral, seus sintomas são discretos, mas ele costuma causar danos mais graves em pessoas imunodeprimidas e portadores do HIV.
Continua após a publicidade
A queda da imunidade pode reativar o vírus no organismo, trazendo problemas como infecção ocular (retinite por CMV), cerebral ou gastrointestinal. O principal sinal costuma ser o aparecimento de fadiga, causando uma mononucleose por CVM. Em muitos casos, é preciso fazer biópsia nos tecidos para diferenciar qual tipo de vírus, isto é, a origem da complicação.
Publicidade
O Conteúdo Citomegalovírus: o que é e quais os seus sintomas Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital “Tenho minha libido lá em cima, estou na idade da loba. Daqui a pouco vem a menopausa, deixa eu aproveitar”, disse Grazi Massafera, uma atriz premiada, que coleciona papéis de sucesso em novelas e tem mais de 26 milhões de seguidores nas redes sociais. Essa frase deixa claro que, apesar de ser algo absolutamente natural e pelo qual todas as mulheres cisgênero vão passar, falar de menopausa causa incômodo e, por falta de informação, a reprodução de clichês. De acordo com uma pesquisa da revista médica Menopause, 78% das mulheres nessa fase tem um parceiro íntimo e 40%, uma vida sexual ativa. Desmistificar a menopausa é essencial para combater esses mitos – e isso só é possível ao promover uma compreensão holística desse período da vida, ao empoderar as mulheres a assumirem o controle de sua saúde sexual e buscarem apoio, quando necessário. É importante compreender que as mudanças físicas e hormonais que ocorrem nessa fase podem afetar a libido de algumas mulheres, mas isso não significa o fim do sexo. Existem uma variedade de tratamentos e abordagens disponíveis que ajudam a lidar com os sintomas e manter uma vida sexual saudável. + Leia também: Como fica a sexualidade na menopausa E, para provar que libido – e sexo – não dependem só de hormônios, um estudo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, aponta um “apagão sexual” entre jovens de até 25 anos. Os dados mostram que 19% delas e 31% deles não tiveram relações nos 12 meses anteriores à pesquisa. Ainda que o climatério seja um período desafiador para as mulheres, com reflexos na libido, isso não quer dizer que sua vida sexual tem prazo de validade. O tratamento existe e, além da reposição hormonal, é possível fazer uma abordagem interdisciplinar com psicólogo, psiquiatra, terapeuta ou educador sexual. Apesar de não ser um assunto muito falado, é comum que mulheres tenham uma vida sexual ainda mais satisfatória depois da menopausa. Afinal, com a chegada da maturidade, há um conhecimento maior do próprio corpo e, como resultado, maior autoconfiança para manter e até melhorar a qualidade do prazer.
Continua após a publicidade
É essencial desafiar ativamente os mitos da menopausa e promover uma compreensão mais ampla e inclusiva da sexualidade feminina. Isso envolve se educar sobre os fatos científicos do tema e combater estereótipos prejudiciais em relação à idade e ao gênero. Somente assim podemos ajudar a garantir que todas possam desfrutar de uma vida sexual saudável e satisfatória em diferentes momentos da vida. *Carla Moussalli e Márcia Cunha são fundadoras da Plenapausa, uma empresa que visa levar informação, cuidado e tratamento para mulheres.
Publicidade
O Conteúdo Não, seu prazer não tem prazo de validade Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital O chá preto é uma variedade conhecida por sua cor escura, sabor encorpado e aroma reconfortante. Mas ele ajuda a emagrecer? Até pode ser, mas não por sua composição, e sim por ser levinho – mas calma que a gente já entra nisso. Antes, é importante dizer que o chá preto veio da China e é produzido a partir das folhas da planta Camellia sinensis, que passam por um processo de oxidação completa antes da secagem, o que lhes confere sua coloração escura característica. A oxidação das folhas de chá preto ocorre após a colheita, quando são deixadas em condições específicas de umidade e temperatura, desencadeando reações bioquímicas que alteram suas propriedades. Esse processo de oxidação completa é o que diferencia o chá preto de outras variedades de chá, como o chá verde, que passam por diferentes níveis de oxidação – ou são minimamente oxidados. +Leia também: Chá verde: quais os reais benefícios à saúde Uma vez oxidadas, as folhas de chá preto desenvolvem sabores marcantes e complexos, muitas vezes com notas maltadas, frutadas ou terrosas, dependendo da região de cultivo, do método de processamento e do tempo de oxidação. Essa diversidade de sabores torna o chá preto uma bebida versátil, que pode ser apreciada sozinha ou com acompanhamentos, como leite, açúcar ou especiarias.
Continua após a publicidade
Quais os benefícios do chá preto?O chá preto é uma bebida rica em antioxidantes, como flavonoides, que combatem os radicais livres e reduzem o risco de doenças cardiovasculares. Por conter cafeína, o chá preto também pode ser aliado para quem busca um empurrão na energia, mas em níveis menores do que o café, evitando efeitos colaterais indesejados pelo excesso da substância estimulante. Ainda são estudados os possíveis impactos do chá preto no controle dos níveis de açúcar no sangue e no controle do estresse, embora esses efeitos sejam alvo de debate. Agora, sim: o chá preto ajuda a emagrecer?Depende! Sozinho, o chá preto não promove o emagrecimento, pois esse efeito só ocorre quando seu corpo gasta mais calorias do que você ingere. Nenhuma bebida é capaz de fazer isso de forma significativa, e o chá preto não é exceção. O que acontece é que o chá preto pode entrar no lugar de outras bebidas saborosas, mas que agregam uma quantidade significativa de calorias. Ou mesmo substituir um docinho. Mas atenção: isso só vale se você ingeri-lo sem leite e, principalmente, sem açúcar. Há também estudos sugerindo ele diminuiria o apetite, o que ajudaria em dietas. Mas isso está longe de ser comprovado.
Continua após a publicidade
Outra alegação é a de que a presença da cafeína aumentaria temporariamente o ritmo do metabolismo, o que elevaria a queima de calorias. No entanto, o tal efeito termogênico – desse e de outros alimentos – não contribui significativamente para o emagrecimento de ninguém. Ou seja, o chá preto não é uma solução milagrosa para perda de peso. Ele deve ser combinado com uma dieta saudável e equilibrada, exercícios regulares e hábitos de vida saudáveis. E, principalmente, é necessário estar atento: o consumo excessivo de chá preto pode causar efeitos colaterais, como insônia, nervosismo e irritabilidade, devido à sua cafeína. Portanto, é importante consumi-lo com moderação e consultar um profissional de saúde antes de fazer grandes mudanças em sua dieta.
Publicidade
O Conteúdo Chá preto ajuda a emagrecer? Conheça os reais benefícios dessa bebida Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital |
Sobre NósSomos um site especialista em dicas de suplementação alimentar e dietas. Nosso objetivo é melhorar sua qualidade de vida. Categories |