Tudo começou com espirros e uma leve coriza, algo relativamente comum na rotina da servidora pública Marília Soares, de 40 anos, que suspeitou se tratar de mais uma crise de sinusite. Mas não era. Poucos dias depois, os sintomas pioraram, com o surgimento de inchaço no nariz e no rosto, associado a vermelhidão, dor, coceira e ardência. Ela procurou duas vezes o atendimento no pronto-socorro até receber o diagnóstico de celulite facial infecciosa – uma doença bacteriana da pele comum e fácil de tratar, mas que pode gerar complicações, se não diagnosticada rapidamente. Diferentemente da celulite estética, que são aquelas pequenas ondulações que aparecem principalmente no bumbum e na coxa, a celulite infecciosa – como o próprio nome diz – é uma infecção da pele que pode ser causada por diferentes tipos de bactéria. As mais comuns são a Staphylococcus aureus e a Streptococcus, que entram na pele através de pequenos ferimentos, lesões, micoses e picadas de inseto, por exemplo. Uma vez instaladas no corpo, as bactérias rapidamente começam a se reproduzir, e daí surgem os primeiros sintomas. Não há dados oficiais no Brasil, mas estudos sugerem que a incidência de erisipela e celulite é cerca de dois casos para cada mil indivíduos por ano. De acordo com Andrey Malvestiti, dermatologista do Hospital Israelita Albert Einstein, a pele é formada por três camadas: epiderme (mais externa), derme (intermediária) e tecido gorduroso subcutâneo. E a classificação das infecções acontece de acordo com a camada acometida: erisipela (quando ocorre somente na parte mais superficial), celulite (acontece na parte mais profunda e atinge também a derme e o tecido subcutâneo) e abscessos (que são coleções de pus, normalmente abaixo da derme, como os furúnculos). +Leia também: Tudo sobre H. pylori: causas, sintomas e tratamento para a infecção Como é o tratamento da celulite infecciosa?Tanto a erisipela quanto a celulite são mais comuns nos membros inferiores, mas também podem acometer outras áreas. A diferença básica entre a celulite e a erisipela, explica Malvestiti, é a extensão da infecção. Por ser mais superficial, a erisipela costuma apresentar uma área com bordas mais nítidas, enquanto a celulite, por ser mais profunda, não apresenta limites tão precisos. As duas são tratadas com antibióticos. O tempo de uso da medicação vai depender da gravidade do problema. “Existem antibióticos diferentes para bactérias diferentes. Precisamos saber se o paciente teve contato com água salgada, com água doce, se foi picado por inseto, se recebeu uma mordida de outra pessoa, se foi mordido por um gato ou cachorro. São inúmeras as possibilidades, que exigem condutas variadas”, explica Malvestiti. O médico ressalta que, quando identificada e tratada precocemente, a celulite dificilmente evolui para algo mais sério. Mas as complicações podem surgir, especialmente se a doença acontece no rosto, perto dos olhos ou nos seios cavernosos da face. “Na maioria das vezes, o tratamento com o uso de antibióticos é eficaz e o quadro tende a se resolver em até duas semanas”, completa o dermatologista.
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*Este conteúdo é da Agência Einstein
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O Conteúdo Celulite infecciosa: você conhece esse problema? Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital Vida é movimento físico, mental, emocional. É paixão, comunhão, ritmo. O ritmo depende de treino, coragem, disciplina. Disciplina vem de consistência, coerência, confança. Confança traz paz de espírito, serenidade, equilíbrio. Equilíbrio reforça paciência, sabedoria, resiliência. A resiliência nos permite ouvir, sentir, esperar. A espera afige, mas também acolhe. Quem acolhe doa. E doar é a consolidação de uma vida em sociedade. É nesse contexto (e com esse espírito) que nasceu o Projeto Cicatrizes, criado para informar, inspirar e disseminar a cultura da doação de órgãos no Brasil. Ele parte de dez histórias de pessoas transplantadas que só estão aqui, vivas, para contá-las, porque receberam um órgão de presente. Com perfis diferentes, elas têm em comum a gratidão pela vida e o interesse pelo movimento. E é esse interesse pelo movimento, individual e coletivo, que torna o mundo um lugar mais saudável para todos. É muito comum pensar em transplante de órgãos como algo distante, que nunca vai acontecer com a gente, até porque as imagens que nos chegam costumam ser melancólicas, ambientadas em hospitais. No entanto, quando somos apresentados ao assunto a partir de histórias de superação, de amor pela vida e de gratidão ao próximo, nos tornamos mais receptivos, capazes de nos enxergar naquela situação, e passamos a refetir sobre a importância da doação. Quando deparamos com vitalidade, cor, desfrute, desafio, diversão, o cenário passa a ser o quintal de casa, o parque que a gente frequenta, a escola do flho, o trabalho, a academia, a festa…
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Laura Franco tem 12 anos e, quando tinha apenas 1 ano de vida, recebeu um pedacinho do fígado do irmão. Luis Gouveia tem 50, viveu esbanjando saúde até os 47, e foi no auge da pandemia de Covid que descobriu uma doença e a necessidade da realização de dois Esse mesmo trio explora hoje o movimento físico como ferramenta para o corpo, a cabeça e o coração. A caçula do grupo corre, nada, canta, dança, joga handebol. Basta abrir inscrição para uma atividade esportiva que lá está a Laura colocando o corpinho para mexer. A cicatriz que corta seu abdômen de ponta a ponta na horizontal não a intimida ou limita em absolutamente nada. Como diz a mãe, Deyse Franco, a preocupação inicial com a cicatriz passou a ser um detalhe diante de tantas superações e conquistas vividas pela garota ao longo da última década. Como mãe de uma criança transplantada, e sob o estigma da ignorância e até de certo preconceito, Deyse cansou de ouvir lamentos e palpites. “Muita gente me pergunta se a Laura tem uma vida normal. O que é uma vida normal? Laura tem saúde, estuda, brinca, pratica esporte, faz tudo o que uma criança da idade dela pode e deve fazer.”
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Ou seja: vive a vida e agradece a oportunidade de estar viva. “Exercício físico me dá energia e alegria, e isso é tudo”, diz a garota. +Leia também: A nova onda dos transplantes A nefrologista pediátrica Suelen Stopa Martins, coordenadora médica da organização de procura de órgãos da Unifesp e do programa de transplante renal pediátrico do Hospital do Rim, explica que, passados os três primeiros meses pós-transplante, a criança está 100% liberada. “Com o órgão funcionando, e não esquecendo nunca de tomar o remédio, é vida normal! A criança vai voltar para a escola, incluindo as aulas de educação física. Algumas mães fcam com receio de trauma, de bater a bola, de trombar com um colega. Não precisa! A criança tem de ter consciência do seu corpo e se cuidar como qualquer outra.”
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Luis Gouveia, corredor, músico, pai de três filhos, executivo de multinacional movido a planilhas e cronômetros, tem metas de curto, médio e longo prazos desde sempre. Foi assim que ele manteve a cabeça minimamente em ordem para encarar a angústia e a incerteza da espera por um órgão quando estava na lista de transplante. Com coração e medula novos, voltou a correr, procurou uma nutricionista para organizar a dieta e buscou uma professora para começar os treinos de natação e ciclismo. No ano que vem, ele quer competir como triatleta nos Jogos Mundiais para Transplantados. “Não foi fácil começar de novo. Eu conhecia perfeitamente o meu corpo e de repente recebi um corpo completamente desconhecido. Parti do zero, mas me animei rapidinho. O esporte me mostra que estou vivo.” Quem já nada, pedala, corre e inspira geral é a Priscilla, a primeira triatleta brasileira transplantada nas modalidades Sprint e Olímpico e duas provas de Ironman 70.3 no currículo. Ela treina como qualquer atleta, segue uma rotina intensa e está cercada de uma equipe de saúde multidisciplinar, incluindo os médicos do transplante.
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A única particularidade na agenda é a hora de encaixar o uso do imunossupressor, remédio que toma duas vezes por dia, num intervalo de 12 horas, para evitar a rejeição ao órgão. “Faço uma dança dos horários em treinos e provas, mas é tudo ajustável e tranquilo”, relata. Luciana Haddad, médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), diz que a prática regular e moderada de atividade física faz bem para todos, incluindo transplantados. No caso deles, o cuidado é montar a equação que envolve o uso obrigatório e ininterrupto do imunossupressor e a demanda de energia do exercício escolhido. “É uma linha tênue: a gente trabalha para evitar a rejeição ao órgão com o menor risco possível de infecções”, conta a especialista, que BUSCA DE MEDICAMENTOS
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Quando perguntam a Priscilla por que ela pratica tanto esporte, a mineira traz a resposta lá da alma: “O esporte me faz sentir saudável, me dá disposição, me enche de alegria. Quando termino uma prova, tenho uma sensação maravilhosa. Estou viva!” *Renata Veneri é jornalista especialista em qualidade de vida, bem-estar e saúde, CEO de Corpo Cabeça Coração, idealizadora do Projeto Cicatrizes e autora do livro Atividade Física no Cotidiano (Contexto – clique para comprar).
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O Conteúdo Doação de órgãos: a vida em constante movimento Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital Quem nunca sentiu satisfação ao finalizar a organização de algum cômodo da casa? Ou ao perceber que encerrou o dia tendo realizado todas as suas tarefas? Geladeira e despensa abastecidas, filhos bem-cuidados, tarefas concluídas… Sem dúvida, a sensação de “dever cumprido” é muito gratificante. Mas será que a preocupação com a administração da casa e da família e as inúmeras obrigações que ela impõe são capazes de desencadear alguma reação cerebral? E, por outro lado, quais seriam os benefícios de uma rotina mais organizada para o bem-estar e a saúde mental? Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Connecticut responde a boa parte dessas perguntas ao revelar que a bagunça e o caos diário esgotam nossos recursos cognitivos e estimulam o cérebro de forma negativa, dificultando a concentração e aumentando a sensação de angústia e inquietação. Ainda de acordo com o estudo, a desordem, tanto no espaço físico quanto na organização das tarefas do dia a dia, informa ao cérebro que há assuntos inacabados, e essa falta de conclusão é altamente estressante. Segundo os cientistas, a pia lotada de louça para lavar ou roupas jogadas pelo chão do quarto, compras por fazer, administração das atividades extracurriculares dos filhos e tantos outros afazeres domésticos tão essenciais para a condução do lar podem ser gatilhos para emoções negativas, como confusão, tensão, irritabilidade e ansiedade, pois atuam como um alerta de que ainda há muito por realizar. E o pior, esse efeito é cumulativo. Organização é palavra de ordem Por outro lado, manter a rotina organizada e gerir o tempo de forma adequada, para conseguir executar todas as tarefas, como compras e cuidados com os filhos, a casa e os pets, são estratégias que ajudam, e muito, a promover a sensação de previsibilidade e de controle tanto sobre o espaço físico quanto sobre seus afazeres diários. Em outras palavras, conservar o ambiente arrumado bem como adotar rituais repetitivos no dia a dia são atitudes que impactam a melhora da concentração e atenção e a promoção de sentimentos positivos, como tranquilidade, paz e segurança.
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Na correria diária, no entanto, nem sempre é fácil manter tudo em ordem. Uma ferramenta importante, nesse sentido, é organizar uma agenda de tarefas e priorizar aquelas mais urgentes. E, se alguma atividade puder ser programada com antecedência, melhor ainda. É aqui que a Shopper tem se mostrado uma aliada e tanto para tornar a sua rotina mais ágil e tranquila, facilitando uma das principais preocupações do cotidiano: as compras do mês e o abastecimento da casa com os itens necessários. Atuando com sistema de reabastecimento de itens de consumo doméstico, como produtos de limpeza, higiene pessoal, alimentos, bebidas, utilidades e até mesmo para os pets, a Shopper segue o modelo de compras programadas: você monta sua cesta com o que precisa, seleciona o dia de entrega e finaliza o pedido. A partir de então, recebe em casa todos os itens solicitados, com praticidade e economia todos os meses. Outro quesito que facilita bastante seu dia a dia é que a sua lista fica salva no site ou app, e uma entrega fica automaticamente pré-agendada para o período selecionado. Assim, você receberá lembretes para alterar sua lista antes dos próximos envios (ou até alterar a data, se precisar antecipar, adiar ou pular uma entrega) – sua compra é totalmente flexível. Conheça um pouco mais sobre as quatro lojas da Shopper, que funcionam de forma independente e estão disponíveis tanto no site quanto no app: Shopper Programada: pensada para sua compra pesada de mês, na loja é possível comprar alimentos de mercearia, material de limpeza, itens de higiene, bebidas etc. Sua lista fica salva com uma entrega pré-agendada, mas você pode ajustar a frequência com que quer receber essa compra.
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Shopper Fresh: frutas, legumes, verduras, produtos congelados e refrigerados e demais itens que contam com período de validade mais curto são entregues semanalmente ou quinzenalmente em sua casa e chegam bem fresquinhos. Pet Shopper: itens para cães, gatos, pássaros, roedores e peixes entregues com uma periodicidade bem flexível – você pode escolher o envio a cada duas semanas ou, até, a cada três meses. Compra Única: compras pontuais entregues em um dia. A modalidade é perfeita para atender a demandas inesperadas ou quando você precisa comprar algo que foge do consumo recorrente, como, por exemplo, no caso de eventos ou viagens. E, em maio, a Shopper comemora três anos de loja Fresh e estará com uma campanha ativa durante todo o mês nessa loja: produtos com até 30% de desconto e brindes para os clientes. Aproveite!
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O Conteúdo Pesquisa revela a importância da organização para a saúde mental Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital A tecnologia tem transformado a forma como nos relacionamos, trabalhamos, nos vemos e nos cuidamos — e, inclusive, vem inspirando novos cuidados com a saúde mental e física. Queixas e preocupações acerca do uso excessivo de telas e redes sociais têm chamado cada vez mais a atenção de médicos e pesquisadores, com diversos problemas relacionados a mudanças no humor, na autoestima, no sono e até na alimentação. Nós, brasileiros, somos um dos povos mais impactados por essas condições. Segundo um levantamento americano, o Brasil é o segundo país com maior tempo de tela do mundo: são cerca de nove horas por dia diante delas, ou seja, 56,6% do tempo que passamos acordados. “Somos um povo muito curioso e interessado no que está acontecendo ao redor. Também temos tendência a sermos multifocais e uma dificuldade de nos dirigir a um único objetivo. E isso tem tudo a ver com o nosso entusiasmo com todas as inovações tecnológicas”, avalia Carmita Abdo, psiquiatra e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Após décadas estudando o comportamento da população, focando principalmente na sexualidade, a pesquisadora decidiu se voltar à compreensão de como a tecnologia tem impactado a saúde dos brasileiros. Por isso, ela coordenou um grupo de psiquiatras que elencou quais as novas condições e sintomas que surgiram por causa do excesso de uso de celulares, computadores, videogames e redes sociais. “É importante prestarmos atenção nisso, porque transtornos como os de depressão, ansiedade e estresse pós-traumático podem surgir a partir de vivências virtuais”, alerta Abdo. O recado faz coro à campanha “#Cancele o estigma, não as pessoas“, criada pelo Laboratório Cristália, que apoiou o levantamento. A proposta da iniciativa é conscientizar as pessoas sobre a importância dos cuidados com a saúde mental e do não julgamento de pacientes com transtornos psiquiátricos. A seguir, entenda como a tecnologia em excesso pode atrapalhar nosso bem-estar.
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Importante destacar que esses problemas apontados são fruto de um diálogo entre alguns psiquiatras, com base em suas experiências. Não se trata, portanto, de uma pesquisa científica propriamente. Não há dados sobre a prevalência de cada uma dessas condições e mais estudos são necessários para compreendê-las a fundo. Ainda assim, o levantamento aponta tendências perigosas na saúde mental e relacionadas ao uso de telas. 1. Distúrbio de gamesO vício em videogames e jogos eletrônicos é um transtorno mental reconhecido pela Organização Mundial da Saúde e, desde 2022, integra a última edição da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (mais conhecida como CID-11). Entre os principais sinais observados em quem desenvolve essa dependência estão a priorização dos jogos sobre outras atividades; o comprometimento de relações sociais, familiares, profissionais e educacionais por contra do hábito; e a perda de controle sobre o tempo e frequência desprendido nessa atividade. Estima-se que 3% dos gamers se enquadrem nessa condição. O tratamento deve ser feito com o suporte de psicoterapeutas, psiquiatras e grupos de apoio. Sessões de terapia cognitiva comportamental (TCC) ajudam o paciente a mudar hábitos e lidar com a abstinência dos jogos. Além disso, medicamentos podem ser receitados para diminuir a impulsividade associada à dependência e manejar sintomas que surgem pelo afastamento das telas. + Leia também: Os impactos das redes sociais na busca por procedimentos estéticos 2. FOMODo inglês “fear of missing out“, o FOMO traduz a sensação de medo e angústia de perder oportunidades, atualizações e eventos na vida real ou virtual. “A pessoa sente que não pode ficar de fora, que deve se integrar e estar sempre alinhada com o que está acontecendo”, descreve Abdo.
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O uso das redes sociais é um dos principais gatilhos para essa sensação, associada ao excesso de informações divulgadas de forma instantânea (nos feeds e por notificações) e à exposição excessiva do cotidiano alheio, que pode provocar comparações que levam à ansiedade e à noção de que está perdendo oportunidades. 3. JOMOSe o uso das redes tem gerado tanta insatisfação, ausentar-se dessas plataformas pode ser uma solução para dar um fim a essa torrente de ansiedade e frustração. Aqueles que têm se desconectado (um pouco ou definitivamente) das redes sociais andam relatando mais momentos de prazer e relaxamento. É o JOMO, sigla para “joy of missing out“: a alegria de perder tendências e atualizações dessas plataformas. O segredo é encontrar atividades prazerosas para aproveitar momentos offline. + Leia também: Será que você precisa maneirar no uso de redes sociais? 4. NomofobiaComo você se sentiria se ficasse sem seu celular? A ideia ou situação em si pode causar ansiedade e medo extremo em quem tem a “no-mobile-phone-phobia”, a fobia de ficar sem o aparelho (estar fisicamente longe dele ou desconecta-se por falta de bateria, por exemplo). Este medo irracional ainda não é reconhecido como uma condição médica, mas pode apresentar reações características de outras fobias, como ansiedade, tremores, suor excessivo, agitação, dificuldade para respirar e taquicardia.
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5. SelfitisO comportamento compulsivo de tirar fotos de si mesmo e de compartilhá-las nas redes sociais tem sido chamado popularmente de selfitis. Ele é objeto de estudo de psicólogos e psiquiatras ao redor do mundo, que tentam encontrar a melhor forma de entender e classificar esse hábito. Busca por autopromoção e problemas de autoestima podem estar relacionados. 6. PhubbingO termo reúne duas palavras do inglês: phone (telefone) e snubbing (esnobar). É o ato de ignorar pessoas e situações ao redor por estar com os olhos vidrados no celular. “Hoje em dia vemos muito esse comportamento durante encontros, o que atrapalha a interação entre as pessoas, sejam familiares, colegas de trabalho ou pretendentes amorosos”, afirma a psiquiatra que coordenou o levantamento. + Leia também: Solidão faz mal à saúde? 7. Vício em tecnologia ou dependência digitalDa mesma forma que os videogames podem causar dependência, o uso abusico de tecnologias como um todo também aumenta o risco de compulsão em algumas pessoas.
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O conceito ainda não é reconhecido como um distúrbio mental, mas é caracterizado pelo uso abusivo de dispositivos eletrônicos que prejudica relações, rotina e saúde mental de quem se vê extremamente conectado à tecnologias. 8. Síndrome do texto fantasmaSabe quando você está conversando com alguém e, de repente, essa pessoa some sem dar resposta ou satisfação? É, você já levou um ghosting... Como consequência, uma angústia por ter sido ignorado e ficado à espera de uma resposta pode surgir. Essa sensação têm sido chamada de “síndrome do texto fantasma” e gera muita ansiedade e insegurança para quem está em busca de relacionamentos. 9. CibercondriaA hipocondria digital se manifesta pelo comportamento de pesquisar quaisquer sintomas na internet em busca de diagnósticos. Algumas pessoas podem passar horas fazendo isso. O hábito leva a ansiedade e interpretações equivocadas sobre saúde. A crença de possuir alguma doença séria e rara, sem ter sintomas para tal, pode ser tratada com psicoterapia, principalmente pela abordagem cognitivo-comportamental (TCC).
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+ Leia também: Hipocondríaco, eu? Quando a preocupação em estar doente passa dos limites 10. Fadiga de decisão digitalÉ comum que fiquemos sobrecarregados com as demandas (muitas vezes irrelevantes e desnecessárias) que surgem ao pegarmos o celular ou abrirmos o notebook. São centenas de notificações, curtidas e compartilhamentos diários que exigem nossa atenção e apreço -- e isso está prejudicando a nossa capacidade de tomar decisões. A fadiga da decisão digital é fruto do cansaço mental de ter de, constantemente, tomar decisões sobre como e quando interagir nas redes, entre outras preocupações que cercam o uso de tecnologias. 11. Náusea digitalO excesso de informações e estímulos no ambiente digital pode até causar desorientação ou vertigem. “É um efeito sem maiores repercussões, que pode surgir após passar um longo tempo de exposição a telas“, explica Carmita Abdo. “A náusea digital está, inclusive, associada à cibercondria, reafirmando diagnósticos que a pessoa pensa ter.” 12. Toque fantasmaSão tantos estímulos que a nossa mente até estranha quando não há nada. Então, bate aquela impressão de estar ouvindo ou sentindo o celular vibrando ou tocando. Esse é o toque fantasma, mais um sinal de que o apego à tecnologia está passando dos limites. 13. Depressão do FacebookApesar do nome, esse estado depressivo não está apenas ligado à rede social criada pelo bilionário Mark Zuckerberg. O termo se refere ao desânimo profundo causado por interações nas redes sociais e que se reflete em ansiedade social e preferência pelo isolamento. Frequentemente, o uso excessivo de telas tem sido associado a casos de depressão entre as gerações mais jovens. Elas são também as maiores vítimas de ciberbullying.
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O Conteúdo Saúde mental: 13 condições relacionadas ao uso excessivo de telas Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital Quantas vezes você já ouviu aquela sugestão “descasque mais, desembale menos”? Ela incentiva o consumo de alimentos naturais em vez dos industrializados. Mas definitivamente descascar mais não quer dizer jogar fora a casca de frutas e vegetais. Elas podem ser consumidas, ofertando nutrientes, fibras e fitoquímicos (compostos bioativos encontrados nas plantas). Eles exercem ação antimicrobiana e ajudam no combate de diabetes, inflamação e até câncer – claro que em um contexto de um plano alimentar saudável. Nem mesmo o medo de agrotóxicos deve impedir o consumo das cascas. Desde que higienizados com hipoclorito de sódio ou com uma solução de água com água sanitária para eventualmente neutralizar os agrotóxicos de superfície, o consumo está liberado. Os potenciais efeitos do consumo de cascas para a saúde são tão promissores que alguns fabricantes de alimentos estão enriquecendo alimentos funcionais, como pães e biscoitos, com cascas de frutas e vegetais. +Leia também: Da teoria ao prato: como reverter empecilhos para uma alimentação saudável A cor mais escura da casca é um indicativo de que ali podem ser encontrados alguns antioxidantes. Esses antioxidantes são formados pelos vegetais e frutas para proteger as células dos danos causados por poluentes, raios ultravioletas e outras fontes de moléculas instáveis chamadas radicais livres.
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As cascas de maçãs, pêssegos e caquis têm concentrações mais altas de antioxidantes (como galocatequina, epicatequina e epigalocatequina) do que a polpa. No caso das romãs, o mesmo foi observado. É importante destacar que nem todas as cascas devem ser aproveitadas sem o devido cozimento. As da batata e da mandioquinha, por exemplo, podem ser assadas em forno e servidas como aperitivo. Uma batata cozida com casca pode conter até 175% a mais de vitamina C, 115% a mais de potássio, 111% a mais de folato e 110% a mais de magnésio e fósforo do que uma descascada. Só aí já percebemos o riquíssimo valor nutrológico da casca da batata. Já a de mandioquinha contém fibras em abundância. No caso das frutas, pêra e goiaba contam com fibras que melhoram o trânsito intestinal, mas é importante olhar também para aquelas cascas que mais costumamos desperdiçar: do abacaxi, da laranja, de limão, de banana e de manga. Todas essas cascas são ricas em fibras. Mas dá para aproveitar a casca do abacaxi? Sim! Ela é usada para fazer sucos. E as da banana, da laranja (também rica em cálcio) e do limão? Ora, são ótimas para bolos.
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O reaproveitamento menos tradicional é o da casca da manga, mas há receitas na internet para utilizá-la em cremes culinários. A casca da manga contém vitaminas A e C, que melhoram a saúde da pele e fortalecem o sistema imunológico. A casca de uma cenoura fresca representa apenas 11% do seu peso, mas contém 54% dos seus ácidos fenólicos, que atuam como antioxidantes. Por fim, quem descasca o tomate para fazer molho ou sopa só perde tempo e nutrientes. Não há necessidade. Ao remover a pele, você pode perder até 80% do licopeno, que ajuda a combater o câncer. Às vezes fica muito mais fácil cozinhar se você não tiver que descascar. *Marcella Garcez é médica nutróloga, mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia e docente do Curso Nacional de Nutrologia da ABRAN. Ela é membro da Câmara Técnica de Nutrologia do CRMPR, coordenadora da Liga Acadêmica de Nutrologia do Paraná e pesquisadora em suplementos alimentares no Serviço de Nutrologia do Hospital do Servidor Público de São Paulo. Além disso, é membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e da Sociedade Brasileira para o Estudo do Envelhecimento.
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O Conteúdo Mais cascas no prato: não desperdice os antioxidantes dos vegetais Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital A mastite é uma condição que afeta a glândula mamária, provocando inflamação, dor e outros sintomas desconfortáveis. Este problema pode ocorrer tanto em mulheres que estão amamentando quanto naquelas que não estão em período puerperal. Quando se trata de amamentação, a mastite puerperal é mais comum e muitas vezes é desencadeada por uma obstrução do ducto mamário devido a uma pega incorreta do bebê ou um esvaziamento insuficiente da mama. Isso pode levar ao acúmulo de leite nos ductos, favorecendo o desenvolvimento de uma infecção bacteriana. +Leia também: Os 6 maiores dramas vividos pelas mães durante o puerpério Comumente, a mastite puerperal se manifesta de maneira unilateral, ou seja, é mais frequente afetar apenas uma das mamas, geralmente entre a segunda e a terceira semana após o parto. Por outro lado, a mastite não puerperal pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo trauma físico, infecções locais, reações a medicamentos ou condições mais graves, como câncer de mama. Quais são os sintomas da mastite?Os sintomas da mastite geralmente incluem dor e sensibilidade na área afetada da mama, acompanhados de vermelhidão e calor ao toque. Em casos de infecção, pode ocorrer febre, calafrios e mal-estar geral.
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Também pode haver secreção anormal do mamilo, que pode ser purulenta – fluído em tons de branco, amarelo, rosa ou verde, ou sanguinolenta – fluído misturado com sangue. Como é feito o tratamento da mastite?O tratamento da mastite geralmente envolve o uso de antibióticos para combater a infecção bacteriana, caso esteja presente. Além disso, medidas para aliviar a dor, como analgésicos e anti-inflamatórios, podem ser recomendadas. Compressas quentes na área afetada também podem ajudar a aliviar a dor e promover a drenagem do leite e qualquer pus acumulado. No caso da mastite puerperal, é fundamental continuar amamentando, se possível, para garantir o esvaziamento adequado da mama e a resolução mais rápida do problema. Além disso, repouso e hidratação adequada são importantes para promover a recuperação. +Leia também: A importância da amamentação para mãe e bebê De qualquer forma, é importante estar atenta ao tratamento pois mastites não tratadas de forma adequada, ou que permanecem sem tratamento, têm o potencial de progredir para o desenvolvimento de abscessos na mama. É importante observar que não há indícios de que a mastite aumente o risco de desenvolver câncer de mama, mas um câncer de mama inflamatório pode ter sintomas parecidos com um quadro de mastite. Por isso, é muito importante um diagnóstico médico correto para descartar a existência de um quadro mais grave. Além disso, quanto mais avançada a condição, maior a probabilidade de requerer intervenções como aspiração por agulha guiada por ultrassom ou drenagem cirúrgica em um ambiente hospitalar.
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O Conteúdo Mastite: o que é e como evitar esse problema Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital A notícia de que está em fase final de testes uma vacina contra o melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele, causou impacto nas mídias sociais. Trata-se de uma vacina terapêutica que, diferente das tradicionais, não previne a doença, mas a trata. É também chamada de vacina, pois segue os mesmos princípios das comuns, estimulando o sistema imunológico. Mas essa versão é personalizada para cada paciente e subtipo de tumor, fazendo com que o organismo reconheça e combata as células cancerígenas. Estudos clínicos demonstraram que, após a cirurgia para o tratamento de melanomas de alto risco, os pacientes que receberam a vacina experimentaram uma redução significativa no risco de recorrência da doença. É interessante pontuar que são vacinas de RNA mensageiro (RNAm), e que a pandemia de Covid-19 direcionou o foco mundial para essa tecnologia. Aliás, o rápido desenvolvimento e produção do imunizante da Covid-19 foi baseado em anos de pesquisa explorando vacinas de RNAm como uma estratégia terapêutica contra o câncer. E, sim, as vacinas à base de RNAm não são infecciosas. No mais, são bem toleradas, facilmente degradadas e não se integram ao genoma do hospedeiro.
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Apesar dos recentes avanços, a ferramenta mais importante continua sendo o diagnóstico precoce. Este é simples, barato e pode ser realizado inicialmente pelo próprio paciente. As pessoas com maior risco de câncer de pele são as muito claras, com muitas pintas no corpo ou que já tiveram ou têm familiares diretos afetados pela doença. A exposição solar excessiva também é um fator importante, mas, mesmo aqueles indivíduos que raramente se expõem ao sol, se já tiveram episódios de queimadura solar com formação de bolhas na pele, também têm o risco aumentado. O melanoma origina-se dos melanócitos – as células que dão cor à pele. Por isso, ele é parecido com uma pinta com as seguintes características:
Pessoas que apresentam esses sinais devem procurar um dermatologista para serem avaliadas adequadamente. Em casos iniciais, uma cirurgia pode ser curativa, inclusive no melanoma.
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*Sérgio Henrique Hirata é dermatologista, professor associado e coordenador do grupo de dermatoscopia e mapeamento corporal da Escola Paulista de Medicina, ligada à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) (Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)
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O Conteúdo Câncer de pele: o que sabemos sobre a nova vacina Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital O Maio Roxo é o período dedicado à conscientização sobre as doenças inflamatórias intestinais (DII), como a doença de Crohn e a colite ulcerativa. Essas condições crônicas afetam milhões de pessoas globalmente, com sintomas debilitantes que têm um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. A conscientização sobre as DII é essencial por diversas razões. Primeiramente, muitas pessoas desconhecem essas condições e seus sintomas, tornando fundamental informar a população sobre o tema. Além disso, os pacientes com DII frequentemente enfrentam estigmas e equívocos devido à natureza invisível de suas condições. Logo, o diálogo público pode desempenhar um papel crucial na compreensão sobre esses transtornos. A conscientização também é importante para a defesa por recursos e suporte para pacientes com DII, incluindo financiamento para pesquisas, acesso a tratamentos adequados e desenvolvimento de redes de apoio. Durante o mês de maio, uma série de atividades é organizada ao redor do mundo para aumentar a discussão sobre as DII, incluindo eventos de divulgação pública, campanhas de mídia social, seminários educativos e angariação de fundos para pesquisa. O que são as doenças inflamatórias intestinais?As doenças inflamatórias intestinais representam um conjunto de condições crônicas que afetam o trato gastrointestinal, marcadas por uma inflamação persistente e recorrente. Entre as mais comuns estão a doença de Crohn e a colite ulcerativa.
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A doença de Crohn pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, desde a boca até o ânus, e é caracterizada por inflamação que penetra em camadas profundas do tecido intestinal. Já a colite ulcerativa afeta especificamente o intestino grosso e o reto, causando inflamação e formação de úlceras na mucosa intestinal. +Leia também: Como enfrentar a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa As causas exatas das DII ainda não são completamente compreendidas, mas fatores genéticos, ambientais e imunológicos desempenham um papel importante no seu desenvolvimento. Além disso, fatores como dieta e estilo de vida também podem influenciar no curso da doença. Os sintomas das DII podem variar amplamente de pessoa para pessoa e incluem dor abdominal, diarreia crônica, sangramento retal, perda de peso, fadiga e febre. Esses sintomas podem ser intermitentes e se alternar entre períodos de remissão e surtos de atividade da doença.
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Como é o tratamento das doenças inflamatórias intestinais?O diagnóstico das DII geralmente envolve uma combinação de exames clínicos, endoscópicos, radiológicos e laboratoriais. Uma vez diagnosticadas, o tratamento visa controlar a inflamação, aliviar os sintomas e prevenir complicações a longo prazo. Isso pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios, imunossupressores, modificadores de resposta biológica e, em alguns casos, cirurgia. Além do tratamento médico, mudanças no estilo de vida, como dieta adequada, controle do estresse e abandonar o tabagismo, podem desempenhar um papel importante no manejo das DII. E, embora as DII possam representar um desafio significativo para aqueles que vivem com essas condições, avanços contínuos na compreensão da doença e no desenvolvimento de novas terapias oferecem esperança para uma melhor qualidade de vida e prognóstico para os pacientes no futuro.
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O Conteúdo Maio Roxo conscientiza sobre as doenças inflamatórias intestinais Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital Em seu último relatório, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que uma em cada seis pessoas sofre de infertilidade no planeta. A condição não respeita fronteiras geográfcas e sociais: está presente em todos os países, acentuando-se, por vezes, devido a mudanças culturais e eventos como crises econômicas, guerras e movimentações migratórias. O direito de planejar e construir uma família é universal e se estende às novas configurações além da sua forma mais tradicional (pai e mãe) — hoje temos famílias monoparentais (mães ou pais solo), homoafetivas (duas mães ou dois pais)… E, evidentemente, há obstáculos à vista quando se depara com a dificuldade natural de ter filhos. Barreiras que dizem respeito sobretudo ao acesso a métodos como congelamento de óvulos e fertilização in vitro (FIV). O que os números nos mostram? O Registro Latino-Americano de Reprodução Assistida refete hoje a integração dos dados de mais de 200 clínicas de reprodução humana na América Latina. Ele aponta que o Brasil é o país onde mais se realizam ciclos de tratamento na região, representando 46% dos casos, à frente de outras 16 nações — o México, em segundo lugar, corresponde a 17%. No levantamento mais recente (2020), foram registrados 87 732 ciclos iniciados no continente no ano, com 14 582 nascimentos resultantes. Esses números contemplam, ainda, embriões congelados, aguardando uma oportunidade de serem implantados. Todavia, a maior taxa de utilização desses recursos por milhão de habitantes está no Uruguai (558), seguido por Argentina (490) e Panamá
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Por que a diferença? A resposta a essa pergunta reside em outra questão: como fazer com que todas as pessoas tenham acesso às tecnologias capazes de contornar a infertilidade quando a maior parte delas está postergando a fundação da família? A discussão se torna ainda mais complexa quando olhamos para nosso país, com pessoas sem alimentação adequada, deixando de se vacinar e sofrendo com mazelas como a tuberculose. Como a reprodução assistida será uma prioridade? Nosso olhar sobre o tema muda, no entanto, quando levamos em conta que a dificuldade de ter filhos é considerada uma doença do sistema reprodutivo, trazendo sofrimento físico e psíquico, além de impactos demográfcos. É uma questão de saúde pública que requer a atenção das autoridades: o postergamento da maternidade se confirma pelo aumento do número de partos de mulheres acima de 36 anos e a diminuição do número de filhos por mulher. +Leia também: O papel dos testes genéticos na reprodução assistida Já se espera o momento em que a população brasileira deixará de crescer. Como sustentar uma nação sem a reposição de jovens? Por tudo isso, precisamos redefinir o debate sobre planejamento familiar, não nos restringindo apenas à contracepção.
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Temos de instituir políticas de orientação e preservação da fertilidade, o que passa por viabilizar o acesso a métodos como congelamento de óvulos em centros públicos e privados. Se não pensarmos em nossas próprias soluções, a conta vai chegar. *Maria do Carmo Borges de Souza é médica especialista em reprodução humana, diretora da Fertipraxis — Centro de Reprodução Humana (RJ) e membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).
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O Conteúdo Por que o planejamento familiar deve envolver a preservação da fertilidade Apareceu Primeiro no Site Saúde é Vital Este 7 de maio é um dia duplamente dedicado à conscientização sobre problemas respiratórios. Nesta data, são celebrados tanto o Dia Mundial da Asma – que ocorre na primeira terça-feira de maio – quanto o Dia Nacional de Prevenção das Doenças Alérgicas. O combo de efemérides é uma boa oportunidade para conscientizar sobre as alergias respiratórias, um grupo no qual a asma também se inclui, e como os diferentes tipos estão relacionados. +Leia também: Asma, rinite, dermatite e urticária estão entre as alergias mais comuns O que é asmaA asma é uma reação do organismo a determinadas substâncias irritantes, o que leva a uma inflamação dos brônquios, a estrutura dentro dos pulmões que leva o ar até os alvéolos, onde há troca de gases. Essa inflamação faz com que os brônquios não consigam exercer sua função adequadamente e fiquem estreitos, levando a dificuldades respiratórias. Uma crise de asma pode ser desencadeada por diversos fatores também associados a outras alergias, como exposição a poeira, mofo, pólen, pelos de animais e até mesmo alguns alimentos, entre outras situações. Em países mais frios, a variação térmica é um fator desencadeante comum.
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Algumas pessoas ainda podem ser expostas a elementos que levam à asma apenas em situações específicas, como no ambiente de trabalho. Qual a diferença entre asma e rinite alérgica?Como você já deve ter percebido, muitos fatores desencadeantes da asma também costumam causar outras alergias respiratórias, como a rinite alérgica. Só que, se a asma age nos brônquios, a rinite provoca problemas em outra parte. “A rinite alérgica acomete as vias aéreas superiores causando sintomas como coriza, congestão nasal, espirros, prurido nasal, lacrimejamento, prurido ocular”, explica Glaucia Maria Barbieri, pneumologista do Pilar Hospital, em Curitiba. A confusão ainda aumenta porque as duas doenças estão relacionadas. “Pacientes asmáticos costumam ter rinite alérgica e o contrário também vale: quem tem rinite em algum momento pode vir a ter asma”, diz a médica. Como é o tratamento da asma?A asma é tratada com broncodilatadores administrados por via inalatória, pela boca, geralmente com a famosa “bombinha”. Corticosteroides também podem ser empregados para reduzir a inflamação.
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Como a crise pode se manifestar de forma imprevisível e comprometer a respiração, é importante ter o medicamento sempre à mão. +Leia também: 6 verdades sobre a rinite alérgica Já a rinite alérgica costuma ser tratada com anti-histamínicos e também pode se beneficiar de corticosteroides, mas, neste caso, a administração é nasal. “É importante que pacientes que tenham as duas condições tratem simultaneamente as duas doenças, cada uma com seu tratamento específico”, ressalta Barbieri.
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